sábado, 2 de junho de 2007
Que amor não me engana...
Que amor não me engana
com a sua brandura
se de antiga chama
mal vive a amargura
Duma mancha negra
duma pedra fria
que amor não se entrega
na noite vazia
E as vozes embarcam
num silêncio aflito
quanto mais se apartam
mais se ouve o seu grito
Muito à flor das águas
noite marinheira
vem devagarinho
para a minha beira
Em novas coutadas
junto de uma hera
nascem flores vermelhas
pela Primavera
Assim tu souberas
irmã cotovia
dizer-me se esperas
p'lo nascer do dia
José Afonso
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