terça-feira, 16 de outubro de 2007

E alegre se fez triste


Adriano Correia de Oliveira, 25 anos de ausência
(09/04/1942 - 16/10/1982)


Aquela clara madrugada que

Viu lágrimas correrem no teu rosto

E alegre se fez triste

como se chovesse de repente em pleno Agosto


Ela só viu meus dedos nos teus dedos

Meu nome no teu nome e demorados

Viu nossos olhos juntos nos segredos

Que em silêncio dissemos separados


A clara madrugada em que parti

Só ela viu teu rosto olhando a estrada

Por onde o automóvel se afastava

E viu que a pátria estava toda em ti


E ouviu dizer adeus essa palavra

Que fez tão triste a clara madrugada

Que fez tão triste a clara madrugada


(Manuel Alegre - Adriano Correia de Oliveira)


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