Hoje deitei-me junto a uma jovem pura
como se na margem de um oceano branco,
como se no centro de uma ardente estrela
de lento espaço. Do seu olhar largamente verde
a luz caía como uma água seca,
em transparentes e profundos círculos
de fresca força. Seu peito como um fogo de duas chamas
ardía em duas regiões levantado,
e num duplo rio chegava a seus pés,
grandes e claros. Um clima de ouro madrugava apenas
as diurnas longitudes do seu corpo
enchendo-o de frutas extendidas
e oculto fogo.
2 comentários:
Já te perguntei? (se calhar já) b. de quê? E pode ser um beijo com Neruda?... e muitos beijos?
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.
Pablo Neruda
B, de Bia... assinei um dia, não te lembras talvez... :) beijo
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